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INSTITUTO VITAL BRAZIL

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“(...) O nosso caro Brasil, tão vasto, tão cheio de riquezas, onde se encontram a cada passo, ao lado de cada atividade, de cada iniciativa, muitas causas inibitórias de origem patológica, está reclamando da ciência a solução de muitos e importantes problemas. É nos laboratórios que se poderá encontrar a solução para estes problemas e daí a necessidade do estabelecimento de maior número de Institutos científicos, que trabalharão ao mesmo tempo nas questões que interessam ao desenvolvimento do país, como na formação de nossos cientistas que, por sua vez, constituirão oportunamente outros tantos centros de atividade científica.(...)” Vital Brazil, 1919

Em 1919, o então governador do Estado do Rio de Janeiro, Raul Veiga, informado sobre a intenção de Vital Brazil em se aposentar após 20 anos dele ter fundado o Instituto Butantan, em São Paulo, convida-o a criar uma outra instituição, inicialmente denominado Instituto de Higiene, Soroterapia e Veterinária. Local que deveria se responsabilizar pela implantação de vacinação antirrábica e pela realização de exames para a Saúde Pública estadual, serviços até então inexistentes no Rio de Janeiro. Desse modo, a 3 de junho daquele ano, firma-se um contrato entre o Governo do Rio de Janeiro e o cientista.

Em poucos anos, esta instituição se tornou, também, um marco de excelência do fazer científico. Vital Brazil e seus colaboradores ampliaram e fortaleceram os vínculos de cooperação que mantinham há anos com diferentes setores da sociedade. O diálogo se dava tanto com anônimos trabalhadores rurais e fazendeiros do interior do país, quanto com eminentes cientistas dos mais respeitáveis centros de pesquisa existentes no mundo. Foi no Instituto Vital Brazil que a vacina BCG foi introduzida e produzida pela primeira vez no país. Nas décadas iniciais, para além da fabricação de soros e vacinas, da prestação de relevantes serviços na área da saúde, eles formaram pesquisadores e desenvolveram trabalhos e estudos determinantes para o avanço dos conhecimentos médicos, farmacêuticos, biológicos, veterinários e sociais.

O Instituto Vital Brazil foi, também, um dos pioneiros na produção de soros para picadas de animais peçonhentos. Em sua história centenária, fabricou mais de 350 milhões de unidades de injetáveis (soros, vacinas, entre outros), mais de 2 bilhões de unidades de sólidos (comprimidos e drágeas), e mais de 110 milhões de unidades de líquidos (xaropes e suspensões). Com isso, são mais de 2,4 bilhões de unidades de soros, vacinas e medicamentos que foram distribuídos pelo país.

Hoje, o Instituto Vital Brazil é um laboratório oficial brasileiro. Atende a todo o setor público, com a produção de soros e medicamentos de uso humano. Realiza estudos e pesquisas no campo farmacêutico, biológico, econômico e social. É uma instituição de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro, ligada à Secretaria de Estado de Saúde.

No instituto, são produzidos soros contra tétano, raiva e antipeçonhentos, usados no tratamento de acidentes com serpentes, aranhas e escorpiões. Desde 2001 o Vital Brazil é único produtor brasileiro do soro contra o veneno da aranha viúva-negra.

Outros dois soros estão sendo pesquisados pelo Instituto Vital Brazil: o antiapílico, contra o veneno de abelhas africanizadas; e o anticovid-19, contra o novo coronavírus, que causou a pandemia que vem assolando o mundo desde o final de 2019. A pesquisa do soro anticovid-19 é uma parceria do Instituto Vital Brazil com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo já passou pela fase pré-clínica, ou seja, de testes em animais. O Instituto agora possui o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) pronto, e deve passar pelas etapas de formulação e envase do produto depois da liberação da fábrica pela Anvisa. A previsão é que os testes em humanos sejam iniciados em seguida, em parceria com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR). A pesquisa teve início em maio de 2020, na Fazenda Vital Brazil, em Cachoeiras de Macacu, onde cavalos foram inoculados com a proteína S recombinante do coronavírus, produzida na Coppe/UFRJ. O estudo revelou que os plasmas de quatro dos cinco animais apresentaram entre 20 e 100 vezes mais anticorpos neutralizantes contra o novo vírus do que os plasmas de pessoas que tiveram a doença.

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